Um carinho a Familia da Aldeia Tupiniquim e a Linda Voz de Janaina Reis


 


ESSE CLIP... HOMENAGEIA O AMIGO RICARDO BARREIRA E TODA SUA LINDA FAMILIA DA ALDEIA TUPINIQUIM
COM A MUSICA LINDA DE JANAINA REIS

ESSE TEXTO É EXTRAIDO DO BLOG.. DESSE GRANDE AMIGO



Dá licença eu, que agora eu vou falar. É sobre minha vida, sobre minha fé. Ninguém é umbandista só porque é. Tem que ter verdade, tem que ter Axé. Antes do homem Ser, o Orixá já É. Motumbá para quem é de Motumbá. Saravá para quem é de Saravá. Bença para quem é de Bença. Mucuiú para quem é de Mucuiú. Kolofé para quem é de Kolofé.  Axé para quem é de Axé.

Então é dia de Gira. Agitação, ansiedade, expectativa. Saias que andam e que rodam nos preparativos. Calças que vão e que vem. Até que tudo é espera. Oração íntima, coração cheio de amor. Pessoas chegando de vários lugares, por diversos motivos.

Cheiro de ervas. Tambor, palmas e cantos. Lágrimas incontidas de felicidade. Sonhos de amor e de liberdade. Viva Nosso Senhor! Viva Nossa Senhora. Reza “pu” santo, canta “pú” Orixá, mistura português “atupizado” com Iorubá abrasileirado. Tanta fé que ninguém percebe as discordâncias verbais das cantigas.
Gente boa, gente feliz, gente que sorri fácil e abraça forte. Gente que acende vela com devoção, ajoelha e leva junto o coração. Bença Pai! Bença Mãe! Deus lhes abençoem, meus filhos.

Eita Umbanda, em cada templo um tempo, em cada templo uma Umbanda. Em todas as Umbandas, Umbanda. Em cada Gira uma lição. Em cada Mentor um professor. Suas guiadas coloridas, seus fios distintos, seus terços. Cada um para quem é de cada um. Lava na cachoeira, descarrega no mar. Vai trabalhar na mata, pede licença para entrar.

Os “Zome” vem primeiro, sem Eles ninguém faz nada. Bate a cabeça no Congá, bate a cabeça pro Babá. Pede licença a Pai Oxalá. Pega a Pemba, risca o ponto, busca arruda. “Sarve” as Almas. Cadê a bengala do Vovô? Cadê o chapéu do Seo Zé? Cadê o penacho do Caboclo? Traz bolo, hoje tem Cosme.  Trouxe uma pinga, posso entregar?  Teu Boiadeiro pediu para você arrumar um laço. Teu Baiano bebe?

Eita Umbanda, se tú não existisse, “nóis” inventava tú. 
RICARDO BARREIRA

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